Cena I
Arthur chega em casa exausto depois de um longo dia cheio de frivolidade. Chega se arrastando até o sofá e se esparrama por lá mesmo, e por lá fica. Reclama do seu dia e diz que veio direto pra casa pois queria chegar em casa e se deitar comigo. Eu fico calada, incapaz de dizer uma palavra sequer. Só o observo e me divirto com os tantos gestos que ele faz com as mãos. É que ele mal sabe que ainda fico nervosa com sua presença e que adoro sua cara de cansado e seu tom de reclamão. Ele se levantou veio até mim em um roçagar de passos que me deixou um tanto sonolenta. Reclinou-se sob meu ombro e dormiu, dormiu, roncou, sorriu, resmungou. E eu nem sequer me movi. Não movi nem um musculosinho, nem meus olhos. Ele acordou assustado, e me perguntou ''o que é essa cara?'', que tipo de cara eu devia estar fazendo. É que ele mal sabe que não consigo tirar meus olhos dele e que adoro vê-lo dormindo...
Cena II
Arthur chega em casa, com um sorriso de ponta a ponta, ofuscando meus olhos. Foi promovido. Chega pulando, me pega no colo me beija. Diz que veio direto pra casa pois queria me contar e que quer sair pra comemorar. Vamos a um restaurante não muito longe. Comemos, rimos, nos alteramos, fizemos caretas e essas coisas que estamos acostumados a fazer com a comida, coisas de nós. Fomos embora, nos deitamos e alguns minutos depois ele estava dormindo. No meu ombro. E eu o observando...''
E de repente me veio uma alegria súbita.
Uma confiança não sei de onde, uma vontade de ficar assim, só assim, parada com o meu Arthur cansado ou feliz no meu ombro. E essa alegria se devia simplesmente por ele estar ali. Ele poderia estar em qualquer outro lugar, ele poderia estar em casas de festas, clubes, bares, mas não, ele estava ali. E mais, ele poderia estar com outras mulheres.
Poderia estar com a exibida de pernas bonitas que é amiga dele desde a 6ª sérié.
Poderia estar com aquela menina de cabelos lisos que o rodeia.
Ele poderia até estar com aquela ex petulante de olhos claros.
Mas não, ele estava comigo.
Ele estava em mim.
E querem saber mais ? Acabei de descobrir que é disso que tiro tanta confiança.
Porque eu sei que, no fim do dia, seja este frustrado, feliz, cansativo ou excitante, Arthur sempre, sempre voltará pra mim.
No fim das contas, sou eu quem vai ouvir aquele ''tom de reclamão'' quando alguma coisa não der certo, não as pernas bonitas da velha amiga dele.
Sou eu quem vai vê-lo sorrir enquanto dorme, quando ele estiver cansado, não os cabelos lisos da menina.
E por fim, sou eu quem vai abraça-lo e beija-lo nas conquistas e em todo o resto, não a ex de olhos cristalinos, desbocada.
É pra mim que Arthur sempre voltará e é em mim que Arthur sempre estará.
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Arthur chega em casa exausto depois de um longo dia cheio de frivolidade. Chega se arrastando até o sofá e se esparrama por lá mesmo, e por lá fica. Reclama do seu dia e diz que veio direto pra casa pois queria chegar em casa e se deitar comigo. Eu fico calada, incapaz de dizer uma palavra sequer. Só o observo e me divirto com os tantos gestos que ele faz com as mãos. É que ele mal sabe que ainda fico nervosa com sua presença e que adoro sua cara de cansado e seu tom de reclamão. Ele se levantou veio até mim em um roçagar de passos que me deixou um tanto sonolenta. Reclinou-se sob meu ombro e dormiu, dormiu, roncou, sorriu, resmungou. E eu nem sequer me movi. Não movi nem um musculosinho, nem meus olhos. Ele acordou assustado, e me perguntou ''o que é essa cara?'', que tipo de cara eu devia estar fazendo. É que ele mal sabe que não consigo tirar meus olhos dele e que adoro vê-lo dormindo...
Cena II
Arthur chega em casa, com um sorriso de ponta a ponta, ofuscando meus olhos. Foi promovido. Chega pulando, me pega no colo me beija. Diz que veio direto pra casa pois queria me contar e que quer sair pra comemorar. Vamos a um restaurante não muito longe. Comemos, rimos, nos alteramos, fizemos caretas e essas coisas que estamos acostumados a fazer com a comida, coisas de nós. Fomos embora, nos deitamos e alguns minutos depois ele estava dormindo. No meu ombro. E eu o observando...''
E de repente me veio uma alegria súbita.
Uma confiança não sei de onde, uma vontade de ficar assim, só assim, parada com o meu Arthur cansado ou feliz no meu ombro. E essa alegria se devia simplesmente por ele estar ali. Ele poderia estar em qualquer outro lugar, ele poderia estar em casas de festas, clubes, bares, mas não, ele estava ali. E mais, ele poderia estar com outras mulheres.
Poderia estar com a exibida de pernas bonitas que é amiga dele desde a 6ª sérié.
Poderia estar com aquela menina de cabelos lisos que o rodeia.
Ele poderia até estar com aquela ex petulante de olhos claros.
Mas não, ele estava comigo.
Ele estava em mim.
E querem saber mais ? Acabei de descobrir que é disso que tiro tanta confiança.
Porque eu sei que, no fim do dia, seja este frustrado, feliz, cansativo ou excitante, Arthur sempre, sempre voltará pra mim.
No fim das contas, sou eu quem vai ouvir aquele ''tom de reclamão'' quando alguma coisa não der certo, não as pernas bonitas da velha amiga dele.
Sou eu quem vai vê-lo sorrir enquanto dorme, quando ele estiver cansado, não os cabelos lisos da menina.
E por fim, sou eu quem vai abraça-lo e beija-lo nas conquistas e em todo o resto, não a ex de olhos cristalinos, desbocada.
É pra mim que Arthur sempre voltará e é em mim que Arthur sempre estará.
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